O Cavalo Marrom


Ao lado de uma casa, uma viga,
À minha espera ele estava;
O Brilho Dourado da trilha,
Sereno cegava, o Cavalo Marrom


Ensaiei várias e várias vezes
O que eu diria pra você. 

Vinha vindo assim bem perto de mim.
Calado e profundo, qual era o tom?


Sangue da Terra, vigor de menino;
Que lindo ele era, o Cavalo Marrom!
Alegre ficava o espírito bom.


Segurei suas patas e
Abraçado ele estava
Para sempre comigo!


Uma homenagem à Cecília Meirelles
E ao Grande Poema
"O Cavalo Morto" Inspirado em um sonho...




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Onde espera-te ver rios à beira de um abismo,
Lá eu te encontrarei!
Em verdes charnecas
descansam girassóis brilhando após o Sol.
 
Onde pensas encontrar-me nua, louca,
à porta de um hospício,
vê trezentas espécies raras de flores amarelas
brotando em meu sorriso.

Por onde ladram feras nesta vontade enluarada 
exiladas vozes acolhem minha saudade
de deitar-me ao pôr-do-Sol.

E nessa noite enevoada
ruge a trovoada
de pés distantes partindo em busca de outro céu...

Morgana, 18 de Julho


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Não me sinto no direito de sentir saudades! Sinto-me dentro dos olhos de Deus, aprendendo e ensinando a errar...

Conhece por acaso a droga, o vício?
Corre solto o Centauro acorrentado,
rio à deriva, à beira de um abismo!
Para! Para! Não para o dorso encilhado...

A correnteza não flui ao contrário,
e o fogo ao queimar dá o seu melhor
ao amar o calor da brasa do teu suor...
Poesia, para!

Fará do teu feitiço a tua saga
leve folha na tormenta
A flor beijará o Vento

viva, como o tempo!
O que não apaga nem lamenta,
em seus olhos eterno rio de um momento...


  • 20/11/19
O que há com as pessoas boas
É que dentre todas as leoas
Só uma reconhece teu amor.
Rugido da floresta?

Pra que toda essa pressa?
Se o mais gostoso é quando demora, demora, demora...
olhos de Eros menino de pálpebras soltas...

Animalesco, desvia e parte!
E me deixa desfalcada,
Desfocada, arrojada onda de um momento

Injusta partida desta tarde
Maremoto do qual jamais se salva
Vão se horas sem passar o tempo...

12/11/2019
Você é impulsivo, já vi.
Cheio de marra na garganta
Também assim eu já vivi;
Você é impossível, é quem anda...

Ai duma flor em busca de um abrigo!
Pássaros que voam sem contar meus passos
O Rio que vai sente saudades do jazigo?
E se lembra dos meus olhos por ti vagos?

Coração da selva revertido
Segue sendo o Vento que me arrasta!
Couro nobre em aço convertido;

Estátua forte de gelo derretido!
Vai-te terra em generosas brasas,
Vem fervendo Oceano que tem asas!

20/11/19
20h15

Idiota é aquele / que ama o outro, mas não se vê,/
é o que tudo dá e nada ganha./
Idiota é aquele que guarda na garganta/
Tudo quando os outros fazem com a gana./

Idiota é o mesmo que barganha/
quando é brinde e vem de graça!/
Idiota, veja bem, tua vida é esparsa/
Mas tudo quanto é Rei também vive em desgraça./

Quem é você Idiota que se ri da mágoa.../
...E depois de tudo ‘inda se exalta!/
És tu o idiota ou o és aquele que te mata?/


Se é Inverno vive em Solitude/
E diz sempre: Estou na Primavera/
Da minha Juventude!!!/

Ariane Gomes
14/11/2017

Uma homenagem a Maito Gai Sensei
Vem , amor, e desafina pra mim

O teu ardor

desatina o calor, o pranto e a cor

Dos olhos teus, vermelhos e chorosos

de adeus

Hoje, vem, que o samba é de roda,

É quente, é que nem a gente,

É Flor na minha avenida, Olha...

Olhar de despedida...

Menina-cor quero o sabor, quero o suor

A nota dó que o corpo dá

Na noite da partida... tchau...
Posto e publico
posto e apago
sinto e escondo
depois eu trago
um livro de contos que eu decorei bem.
Rabisco e disfarço,
implico e desfaço.
Não sei ser direito!
Nem sei se eu devo,
Mas perco o disfarce
quando
eu escrevo...

Somos sangue do mesmo poema
Facetas do mesmo emblema

Um tiro no espaço não produz Som
O tempo, no vácuo, não tem intenção

A dor é o mesmo amor de sempre
o calor aumenta a pressão

Os planetas não ouvem a música
mas dançam a mesma canção!

I

Ainda não acalento!
Nem com tantos versos,
nem por pouco tempo!

Sofro diferente: eu Vento!
hoje eu Avoo
e escrevo

Tentei dizer que eu era só acompanhante
nunca fui um caminho
não espere de mim um sinal
porque eu minto

II

Traições me fizeram ruir
um castelo de cartas armadas
Aumentei a escolta, a patrulha, mas os guardas
fazem piada

Trilhei entre frestas, segui sozinha
caminhei em silêncio, no meio das vinhas
em ti encontrei
Paciência divina!

III

O caminho não acabou, é apenas o começo
precisamos de sabor no tempero
para afagar a cabeça!
E a cabeça faga, que todo dia é sempre
e eu te amo demais!

Um dia acordei, te vi ali
Resolvi me mudar! Vamos!?
É só mais uma estrada
que temos que caminhar...

Estou perdidamente apaixonado
E esta criança sofre.
Desculpe, Você tomou
Conta do meu Ser

Agora, toda poesia que eu
faço parece que chama Você
Desculpe, uma criança tomou conta
do meu Ser. E toda poesia que

eu sou agora parece que faz sofrer.
Desculpe, mas agora você chora.
Estou perdidamente lá fora a chover
E parece que você não água

Desculpe, agora esta poesia tomou conta de Você.
E se uma criança chora, é de dentro do meu ser.

Agora toda poesia que chora parece que água você.

Desculpe, uma criança faz um poema.
E agora sofre. Meu ser está perdidamente
Você

Uma roda gira no espaço:
Eu peço perdão!
Eu vejo o que eu sinto o que eu faço
nesse meu peito de aço
Há razão!
Nada rima com Não.
O mundo está do contrário:
veja bem, você nem percebeu
o título desse poema é seu
e já passou!
Perpassam pelos dedos Solidão
Não esqueça, pela cabeça também passam mil versões!
E o que o outro pensa é como Verão:
depois que vem pra fora
ou Ilumina
ou vai embora.
Para fazer um Poema tenha à mão:

Caneta tinteiro
e Um coração.

Para fazer Amor tenha à mão:

a Vida inteira
e Outro coração...

Ah, poesias de inverno!!!
Antes o Inferno! de sofrer
que escrever as coisas tolas
que não te faço ler...

Antes o Inverno......
A me aquecer
sem ter nada por quê sofrer.
E não é lindo quando vês um filme triste:
Acaso não sorri [ficas extasiado]?

É tão meu.
chorar de desespero até dormir
Fechar os olhos, Sonhar Acordada
Pensar em fugir
E ainda ter lágrimas nos olhos ao partir...

Vazias apenas. Velhas, pequenas. De todas as coisas uma dor imensa.
Um prazer súbito em fazer errado e daí de novo...

Falta de Paciência. Um pecado à beira da morte!
Comporte-se! Ou não verás o pôr do sol... é o que eles dizem aos moleques travessos, presos aos seus travesseiros pelos medos dos pais.
Um dedo apontado mostra a direção dos carros, que em mão única trafegam rumo ao nada. Alguns chamam de Horizonte. Eu os chamo de volta...
Um passo e estou logo atrás, correndo, alcançando o que já não é mais.

Como desmantelar o paraíso?

a boca vermelha molhada de sal...
Ah, se soubesse velando meu sono
Sabia que quando eu sonho
Também me cerco de mal?
Eu sangro, eu espero, eu ouço
Tu vais, tu vens, tu ficas, por quê?
Ele fala, ele ouve, ele conversa

Nós ouvimos, nós pensamos, nós achamos, o quê?
Vós temeis, desentendeis, fugis, vós tremeis
Eles dormem, eles sentem muito, eles amam

O quê?
Sou escrava da Palavra. Escrava da Palavra. Escrava. Palavra. Escrita. Palavra Escrita. Mesquita. Religião.
A Palavra é minha Religião, tal qual a Escrita, e dela sou Escrava, falada ou impressa.
Imprensa?
-que de mim se ocupe se convir.

Escrevo porque pertenço, e chego ao papel como quem vai à mesquita, munida de caneta e véu, e rezo.

Minha fé é um pensamento torto que me ocorre na hora de dormir, quando sento e escrevo sem descansar, como quem confessa um pecado infame à pagina virgem...

Peco sem dó nem ré, rabisco uma página bíblica com um verso tosco...
...sem remorso, cubro as letras de Cristo com a crista da minha fé, da prosa ou poesia da qual me ocupo hoje.
Você me tira de casa na Sexta à noite, sem exigir de mim a roupa e o banho;
Sem rumo certo, atravessamos as horas entre correntes de ar e taquicardia.
Sufoco-me em teus carinhos passageiros...
E, quando penso já ter de ti o bastante, afasta-se de mim na penumbra, os cortes sem ter o que ferir.
Persigo teus passos às cegas, incerta, a decepção em cada esquina, os olhos delirantes a esperar por ti.....

E quando me penso sozinha, entre notas e acordes teu cheiro vem me penetrando pelos corredores
Trêmula, agarro-me às curvas com o peito saltitante, a paixão corroendo-me as entranhas.
Com o suor escorrendo pela pele, fecho meus olhos transbordantes de desejo e loucura...
E enfim me entrego ao gozo teu, pálido e triste
Seu tempo em minhas mãos
Semper a te procurar, a te perseguir, a esperar por ti e a esperar por ti...
Oi você que não sabe pra onde ir. Um aceno comovido pra você que tenta. Venho andando por aí, levada pelos ventos, sempre atrasada e tentando não esquecer. Ainda por aí? Será que te encontro na angústia da espera?

Calvin and Hobbes - tirinha de Depósito do Calvin


É para as almas errantes que escrevo, todas perdidas como eu, se ajudando sem parar. Um minuto. É só o que peço pra cada coisa tua que gostes de fazer.
Em cada passo largo, em cada avenida estreita e a cada escada fora do lugar tem alguém em busca de compreensão. Aqui estamos, na lama do que sonhamos, no que evaporou daquele ardor...